A História de Andino - 4º ATO (parte 3)
Vi um rapaz passando logo ali, vagarosamente, um furo viu bem em sua frente. Bem pequeno, tanto que os despercebidos não conseguiam reparar, mas grande o bastante para um olho enxergar.
Neste rapaz a curiosidade se desperta, ele logo chega e para si aquele buraco pega. Através do inusitado olha, descobre que o outro lado de tudo pelo furo pode enxergar.
Momentos de diversão eram o que não faltavam, olhava para fora de uma parede e enxergava dentro da casa.
Num belo dia de sol passou por uma senhora e através dela ele olhou. Avistou um campo aberto e extenso por onde jamais passou. Lá uma menina avistou. Seus olhos eram castanhos e seus lábios tão vermelhos! Escondia-se atrás de um escudo, ou talvez um pouco mais atrás, onde não alcançava o furo e a ela o rapaz não conseguia ver mais.
Um sentimento logo se brotou e procurava incessantemente quem o cultivou. Com um pesar na mente ele estava lá, apenas pedindo para alguém o cativar. Andou atrás da senhora por todos os lugares. Só para ver a menininha que o fez enaltecer por ela, os seus olhares.
O rapaz então decidiu se casar, no altar ele e a senhora a quem estava por através olhar. Nunca foi feliz, pois a menininha nunca o quis.
Andino – Não sei do que você está falando, consigo sim imaginar o que as pessoas pensam, mas sou escritor. Eu invento o que elas pensam, é diferente.
Sir William – Mas tu bem sabes que na maioria das vezes está certo, não sabes?
Andino – O que você quer de mim?
Sir William – Um desafio eu faço a ti, ensinar-te-ei a dominar esse teu dom. E quando desenvolvê-lo terá grande poder, poderá obter riquezas, até mesmo conquistar a pessoa que quiseres, mas será aquilo de mais importância que você enxergar a única coisa que obter tu não conseguirás.
Andino – O que iremos apostar?
Sir William – Ganhando ou perdendo tu sairás com teu prêmio, o teu dom ao extremo. Perdendo e não encontrando o que de mais importante tu enxergar, para mim trabalharás para todo o sempre. Sempre que eu precisar.
Andino – Qual é o seu trabalho?
Sir William – Eu sou o que sou. Eu sou comprador.
Andino – Preciso pensar sobre a proposta.
Sir William – Faça como desejar, não obstante hoje a tua resposta irei esperar.
Quando às 11 da noite o relógio marcar, irei a tua casa para te perguntar.
Andino – Está feito, então.
Conquistar qualquer pessoa... Não sei se me parece uma boa proposta, mas mal a ninguém farei, por agora tenho honra e minha dignidade eu honrarei. Um dom é presente divino, tenho a escolha de usar seja para o bem fazer ou o que é de mal encontrar. Encerrar a carreira ou começá-la? Tantas vezes me procurei na sala, mas não desta vez. Estou fora da casa em meio às ruas e avenidas, estou em sua casa, errante como sempre, sou passageiro. Eu sou.
Viajo o mundo inteiro, não encontrarei meu paradeiro. Não estou aqui, nem nunca vou estar. Estou em você e em você também, só preciso aceitar que também estou em mim.
Quanto tempo faz? Não me lembro. Quero a paz, passa atento. Alcanço limites, passa-tempo. Olho para o homem. Faço medidas. Descubro o impossível. Faço revolução. Ama-me ó meu coração.
Encontrei naquele dia uma menina de nome Marina que Olhus tinha. Ela não sabia de seu dom. Foi um encontro rápido e sem alto som. Mas linha que não se alinha não vem simples donde vinha. Do passado remove a minha esperança de outra tentativa.
Mais linha infinita impossível! O grande abismo da linha indivisível separa a nós, sonhadores invisíveis, não conhecendo dores – resultado infalível.
Mais linha me dá a perfeição. Dá-me não sabendo se é trama ou ficção. Dividindo dentro de si a dor e adoração. Escrevo isto deitado no chão.
Longe da realidade que vivo, sem saber os sentimentos que sinto, imploro por perdão daquilo que ainda nem fiz. Quando isto vai acabar?
Sir William foi até a minha casa, na hora combinada. Dei-lhe minha resposta definitiva:
Andino – Aceito então. O que faço para descobrir mais sobre mim e desenvolver aquilo que pouco sei que é meu dom?
Sir William – Que maravilha! Você e eu seremos companheiros inseparáveis. Amanhã vou voltar aqui e eu e você faremos uma viagem. Até amanhã.
Logo bem de manhã Sir William foi até minha casa e de lá partimos pela estrada para uma cidadezinha longe de Kokulti. Quando chegamos, eu não sabia o que lá encontraria, mas sem demora se revelou o mistério que Sir William fazia. Era ela, minha mãe. De longe eu a olhei:
Sir William – Vá lá. Fale com ela.
Andino – Não.
Sir William – Por quê? Sente um remogo agora?
Andino – Se sinto um remogo é porque não quero falar.
Sir William – Está certo, continuemos então nossa viagem.
Depois de mais alguns dias de caminhada chegamos a uma cabana no meio do nada. Era noite e somente se via a iluminação que da cabana vinha.
Sir William – Aqui estão vários homens que tem Olhus. Eles compartilham experiências e ensinam também. Aqui poderá todo tempo passar, assim que sair para mim trabalhará.
Andino – Ainda temos um trato e vou conseguir obter o que de mais precioso eu enxergar.
Eram homens tão estranhos. Talvez tão estranho como eu, pois eram aparentemente comuns. Não pareciam ter um dom especial. Quem são esses que andam por entre as trevas brilhando feito anjo de luz, com demônios tentando arrancar suas curvadas costas? Que andam no inferno a plena luz do dia e encontram na noite seu descanso?
Encontram-se na hora marcada pelos deuses e curvam-se diante do poder que está em um e no outro. Mantêm o equilíbrio do mundo com desequilíbrio de suas almas. Quanto peso para esses anjos. Vidas mórbidas para seres celestes.
Encontrei-me contigo uma vez e não mais me reconheci. Meus olhos tão escuros já não me são tão úteis quanto os dons que em mim despertou. Quantos pérfidos desejos não surgiram destes encontros no mundo todo. Quanto a mim...
Quero o teu sangue. Quero tua mente. Quero o teu coração. E depois mais!
Alguém me chama... Quem está chamando? Onde você está me levando?
Ensina-me o que sou e porque comemos tantos doces?
Os anos se passaram naquela cabana perdida. Entre os vários aprendizados e algumas decaídas. Então depois de todo aquele tempo, ele novamente voltou. Sir William veio requisitar o prêmio que acredita que conquistou.
Sir William – Caro amigo você já me parece mais velho. Está um homem. Vamos, porque meus negócios não podem parar. Tenho um serviço para você.
Andino – Espere um pouco. Eu ainda tenho que procurar o que é de mais importante para mim.
Sir William – Você ainda não sabe? Depois de todo esse tempo? Tudo bem, dou-lhe uma semana para descobrir.
Andino – Está feito, então. Agora eu poderia ter o que quisesse. Mesmo o amor de minha doce Élle. Vou buscá-lo agora sem demora.
Percorri quatro dias no caminho para Arquemis. Cheguei na hora perfeita para encontrar Élle. Fui aos pontos em que ela ficava quando já tarde da noite. Então a avistei de longe, em um bar. Novamente o agito ativiou, não obstante controlei-o e vivi em um só estante o nosso amor. Élle não havia mudado em nada. Seu rosto, seu sorriso e principalmente seus olhos, eram os mesmos. Continuava levando uma vida profana e desapegada. Caso eu a conquistasse e tinha o poder para fazê-lo, minha vida não seria mais a que eu queria. Viver com uma profana e tornar-se tal. Creio que foi isso o que me segurou todo esse tempo, mesmo sem saber de fato, eu sentia que ao lado da minha amada eu seria infeliz. Portanto escolhi seguir meus princípios, meu futuro, minha evolução e meu dolorido coração.
Optar por não ir mais atrás de Élle não foi fácil e dói muito. Agora precisando de um consolo parto de Arquemis, acreditando que a mais importante coisa que posso ver na vida é a família.
Parti atrás de minha mãe. Encontrei-a e novamente quando estava de longe a olhei. Ela queria me encontrar, na verdade ela queria encontrar aquele menino que ela cuidava e colocava no colo. Fui ao seu encontro. Foi agradável. Seus olhos me demonstram que o amor dela ainda é o amor por aquele menino que se foi. Era como se nada tivesse acontecido, mas aconteceu. Quero muito vencer a distância entre nós, mas para isso ela precisa reconhecer que há uma distância entre a gente. Então ela faz o que chamamos de ditacorde. Ela ignora a distância entre nós e vive um sentimento que só se faz com a proximidade em espírito, porque para se aproximar ela terá que mudar. Ela vive um sentimento do passado para não mudar.
Isso ocorre porque para nos aproximarmos devemos aprender novamente quem somos. Pedir perdão pelos erros do passado e assumirmos uma nova posição em relação ao relacionamento. Para isso é preciso mudar o jeito de agir e pensar. Eu aceito, mas ela não. Ela apenas ignora o fato de que eu vivi enquanto estava longe dela e mudei. Ainda sou um menino para ela. Eu conheço o olhar dela, é o olhar de mãe que muitos escritores já escreveram sobre. Mas ninguém conhece o meu olhar.
Para a felicidade dela tivemos uma tarde agradável, fiz-me de bom filho e a felicidade dela eu causei. Levei o quinto dia inteiro para isso. E não encontrei o que procurava.
No sexto dia fui ao encontro de meu pai. Encontrei-o sóbrio. Tivemos bons momentos. Perguntei sobre o passado e o que aconteceu enquanto eu estava longe. Ele me revelou que traiu a minha mãe porque descobriu que ela já havia o traído e que eu era fruto da traição de minha mãe com um homem que um dia passou pela cidade. Soube também que o homem que é de fato o meu pai já havia morrido.
Não penso nos pecados passados dos meus pais e nem em não conhecer o meu pai de verdade. Na verdade nem pai e nem mãe eu tive. Não encontrei mais o que procurava.
Neste rapaz a curiosidade se desperta, ele logo chega e para si aquele buraco pega. Através do inusitado olha, descobre que o outro lado de tudo pelo furo pode enxergar.
Momentos de diversão eram o que não faltavam, olhava para fora de uma parede e enxergava dentro da casa.
Num belo dia de sol passou por uma senhora e através dela ele olhou. Avistou um campo aberto e extenso por onde jamais passou. Lá uma menina avistou. Seus olhos eram castanhos e seus lábios tão vermelhos! Escondia-se atrás de um escudo, ou talvez um pouco mais atrás, onde não alcançava o furo e a ela o rapaz não conseguia ver mais.
Um sentimento logo se brotou e procurava incessantemente quem o cultivou. Com um pesar na mente ele estava lá, apenas pedindo para alguém o cativar. Andou atrás da senhora por todos os lugares. Só para ver a menininha que o fez enaltecer por ela, os seus olhares.
O rapaz então decidiu se casar, no altar ele e a senhora a quem estava por através olhar. Nunca foi feliz, pois a menininha nunca o quis.
Andino – Não sei do que você está falando, consigo sim imaginar o que as pessoas pensam, mas sou escritor. Eu invento o que elas pensam, é diferente.
Sir William – Mas tu bem sabes que na maioria das vezes está certo, não sabes?
Andino – O que você quer de mim?
Sir William – Um desafio eu faço a ti, ensinar-te-ei a dominar esse teu dom. E quando desenvolvê-lo terá grande poder, poderá obter riquezas, até mesmo conquistar a pessoa que quiseres, mas será aquilo de mais importância que você enxergar a única coisa que obter tu não conseguirás.
Andino – O que iremos apostar?
Sir William – Ganhando ou perdendo tu sairás com teu prêmio, o teu dom ao extremo. Perdendo e não encontrando o que de mais importante tu enxergar, para mim trabalharás para todo o sempre. Sempre que eu precisar.
Andino – Qual é o seu trabalho?
Sir William – Eu sou o que sou. Eu sou comprador.
Andino – Preciso pensar sobre a proposta.
Sir William – Faça como desejar, não obstante hoje a tua resposta irei esperar.
Quando às 11 da noite o relógio marcar, irei a tua casa para te perguntar.
Andino – Está feito, então.
Conquistar qualquer pessoa... Não sei se me parece uma boa proposta, mas mal a ninguém farei, por agora tenho honra e minha dignidade eu honrarei. Um dom é presente divino, tenho a escolha de usar seja para o bem fazer ou o que é de mal encontrar. Encerrar a carreira ou começá-la? Tantas vezes me procurei na sala, mas não desta vez. Estou fora da casa em meio às ruas e avenidas, estou em sua casa, errante como sempre, sou passageiro. Eu sou.
Viajo o mundo inteiro, não encontrarei meu paradeiro. Não estou aqui, nem nunca vou estar. Estou em você e em você também, só preciso aceitar que também estou em mim.
Quanto tempo faz? Não me lembro. Quero a paz, passa atento. Alcanço limites, passa-tempo. Olho para o homem. Faço medidas. Descubro o impossível. Faço revolução. Ama-me ó meu coração.
Encontrei naquele dia uma menina de nome Marina que Olhus tinha. Ela não sabia de seu dom. Foi um encontro rápido e sem alto som. Mas linha que não se alinha não vem simples donde vinha. Do passado remove a minha esperança de outra tentativa.
Mais linha infinita impossível! O grande abismo da linha indivisível separa a nós, sonhadores invisíveis, não conhecendo dores – resultado infalível.
Mais linha me dá a perfeição. Dá-me não sabendo se é trama ou ficção. Dividindo dentro de si a dor e adoração. Escrevo isto deitado no chão.
Longe da realidade que vivo, sem saber os sentimentos que sinto, imploro por perdão daquilo que ainda nem fiz. Quando isto vai acabar?
Sir William foi até a minha casa, na hora combinada. Dei-lhe minha resposta definitiva:
Andino – Aceito então. O que faço para descobrir mais sobre mim e desenvolver aquilo que pouco sei que é meu dom?
Sir William – Que maravilha! Você e eu seremos companheiros inseparáveis. Amanhã vou voltar aqui e eu e você faremos uma viagem. Até amanhã.
Logo bem de manhã Sir William foi até minha casa e de lá partimos pela estrada para uma cidadezinha longe de Kokulti. Quando chegamos, eu não sabia o que lá encontraria, mas sem demora se revelou o mistério que Sir William fazia. Era ela, minha mãe. De longe eu a olhei:
Sir William – Vá lá. Fale com ela.
Andino – Não.
Sir William – Por quê? Sente um remogo agora?
Andino – Se sinto um remogo é porque não quero falar.
Sir William – Está certo, continuemos então nossa viagem.
Depois de mais alguns dias de caminhada chegamos a uma cabana no meio do nada. Era noite e somente se via a iluminação que da cabana vinha.
Sir William – Aqui estão vários homens que tem Olhus. Eles compartilham experiências e ensinam também. Aqui poderá todo tempo passar, assim que sair para mim trabalhará.
Andino – Ainda temos um trato e vou conseguir obter o que de mais precioso eu enxergar.
Eram homens tão estranhos. Talvez tão estranho como eu, pois eram aparentemente comuns. Não pareciam ter um dom especial. Quem são esses que andam por entre as trevas brilhando feito anjo de luz, com demônios tentando arrancar suas curvadas costas? Que andam no inferno a plena luz do dia e encontram na noite seu descanso?
Encontram-se na hora marcada pelos deuses e curvam-se diante do poder que está em um e no outro. Mantêm o equilíbrio do mundo com desequilíbrio de suas almas. Quanto peso para esses anjos. Vidas mórbidas para seres celestes.
Encontrei-me contigo uma vez e não mais me reconheci. Meus olhos tão escuros já não me são tão úteis quanto os dons que em mim despertou. Quantos pérfidos desejos não surgiram destes encontros no mundo todo. Quanto a mim...
Quero o teu sangue. Quero tua mente. Quero o teu coração. E depois mais!
Alguém me chama... Quem está chamando? Onde você está me levando?
Ensina-me o que sou e porque comemos tantos doces?
Os anos se passaram naquela cabana perdida. Entre os vários aprendizados e algumas decaídas. Então depois de todo aquele tempo, ele novamente voltou. Sir William veio requisitar o prêmio que acredita que conquistou.
Sir William – Caro amigo você já me parece mais velho. Está um homem. Vamos, porque meus negócios não podem parar. Tenho um serviço para você.
Andino – Espere um pouco. Eu ainda tenho que procurar o que é de mais importante para mim.
Sir William – Você ainda não sabe? Depois de todo esse tempo? Tudo bem, dou-lhe uma semana para descobrir.
Andino – Está feito, então. Agora eu poderia ter o que quisesse. Mesmo o amor de minha doce Élle. Vou buscá-lo agora sem demora.
Percorri quatro dias no caminho para Arquemis. Cheguei na hora perfeita para encontrar Élle. Fui aos pontos em que ela ficava quando já tarde da noite. Então a avistei de longe, em um bar. Novamente o agito ativiou, não obstante controlei-o e vivi em um só estante o nosso amor. Élle não havia mudado em nada. Seu rosto, seu sorriso e principalmente seus olhos, eram os mesmos. Continuava levando uma vida profana e desapegada. Caso eu a conquistasse e tinha o poder para fazê-lo, minha vida não seria mais a que eu queria. Viver com uma profana e tornar-se tal. Creio que foi isso o que me segurou todo esse tempo, mesmo sem saber de fato, eu sentia que ao lado da minha amada eu seria infeliz. Portanto escolhi seguir meus princípios, meu futuro, minha evolução e meu dolorido coração.
Optar por não ir mais atrás de Élle não foi fácil e dói muito. Agora precisando de um consolo parto de Arquemis, acreditando que a mais importante coisa que posso ver na vida é a família.
Parti atrás de minha mãe. Encontrei-a e novamente quando estava de longe a olhei. Ela queria me encontrar, na verdade ela queria encontrar aquele menino que ela cuidava e colocava no colo. Fui ao seu encontro. Foi agradável. Seus olhos me demonstram que o amor dela ainda é o amor por aquele menino que se foi. Era como se nada tivesse acontecido, mas aconteceu. Quero muito vencer a distância entre nós, mas para isso ela precisa reconhecer que há uma distância entre a gente. Então ela faz o que chamamos de ditacorde. Ela ignora a distância entre nós e vive um sentimento que só se faz com a proximidade em espírito, porque para se aproximar ela terá que mudar. Ela vive um sentimento do passado para não mudar.
Isso ocorre porque para nos aproximarmos devemos aprender novamente quem somos. Pedir perdão pelos erros do passado e assumirmos uma nova posição em relação ao relacionamento. Para isso é preciso mudar o jeito de agir e pensar. Eu aceito, mas ela não. Ela apenas ignora o fato de que eu vivi enquanto estava longe dela e mudei. Ainda sou um menino para ela. Eu conheço o olhar dela, é o olhar de mãe que muitos escritores já escreveram sobre. Mas ninguém conhece o meu olhar.
Para a felicidade dela tivemos uma tarde agradável, fiz-me de bom filho e a felicidade dela eu causei. Levei o quinto dia inteiro para isso. E não encontrei o que procurava.
No sexto dia fui ao encontro de meu pai. Encontrei-o sóbrio. Tivemos bons momentos. Perguntei sobre o passado e o que aconteceu enquanto eu estava longe. Ele me revelou que traiu a minha mãe porque descobriu que ela já havia o traído e que eu era fruto da traição de minha mãe com um homem que um dia passou pela cidade. Soube também que o homem que é de fato o meu pai já havia morrido.
Não penso nos pecados passados dos meus pais e nem em não conhecer o meu pai de verdade. Na verdade nem pai e nem mãe eu tive. Não encontrei mais o que procurava.
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