A História de Andino - 4º ATO (parte 4 de vdd)

A ponto de desistir de minha busca Sir William apareceu:


Sir William – Parece que as coisas não estão muito boas para você.
Andino – Vou ter que trabalhar para você o resto de minha existência. Gostaria de pelo menos saber o que é mais importante nessa vida.
Sir William – Eu sei um modo de você saber.
Andino – Como?
Sir William – Existem cinco livros, cada um com uma chave dentro. Ache-os e saberá. Leve isso contigo, a chave para abrir o livro primeiro.
Andino – Onde está o primeiro livro?
Sir William – Está na casa que você morou em Arquemis. Apresse-se, você tem pouco tempo.

Estava escondido debaixo de uma mesa, cheio de poeira e todo esquecido, brilhante e formosa a sua beleza, tão jogado e precioso parecia ser aquele livro. Quando o abri vi que era meu diário muito antigo, abri-o e estava lá a chave.
Logo encontrei mais um livro e nele outra chave se encontrava. Assim fui perdendo quilos, viajando na bela estrada.
Enfrentei chuvas e calos, raptei uvas e rosas, achei unhas e cravos, damas me afastando outrora.
Encontrei mais adiante os livros que faltavam e o último mais que brilhante em minha frente se prostrava.
Abri-o com a minha última chave o exemplar que encontrei. Ali uma imagem de quando eu era um menino. E a inocência nos meus olhos era o que eu procurava.
Quando estava sentindo a tristeza de não ter tido infância, apareceu Sir William.

Sir William – E então você encontrou o que procurava?
Andino – Sim...
Sir William – E o que é?
Andino – A inocência de uma criança.
Sir William – Hum... você não pode mais ser criança e nem declarado inocente.
Andino – Sim, eu sei.
Sir William – Logo você não tem aquilo que é mais precioso aos seus olhos. Portanto, vamos... temos muito trabalho a fazer.
Andino – Eu não vou com você!
Sir William – Acho que você já aprendeu o que é desespero. Mas não adianta usá-lo meu amigo. Você já é meu e nem percebeu. Vá por onde você quiser e quando eu precisar de você, eu aparecerei.

Sei que quando sinto o temor, não há chão que segura esse calor. Uma mão sai de baixo do solo com uma criança no colo. É a mais bela das crianças, é um homem em sua semelhança.
Vem aqui me dê a sua mão e segura bem forte o meu coração. Saia da luz, eu quero lhe ver. Ver seu belo rosto para eu não sofrer.
Um belo dia veio à tona a mais bela flor. Veio do sonho do horror. No meu jardim você se plantou e mais nada desabrochou.
Vem aqui me dê a sua mão e segura bem forte o meu coração. Saia da luz, eu quero lhe ver. Ver seu belo rosto para eu não sofrer.
Quando o meu coração for seu e não houver nada mais que seja meu, faça com que a chuva não me molhe, faça com que a dor não demore e dê-me a minha alegria o mais rápido. Para que eu te recompense com o meu rapto.
Vem aqui me dê a sua mão e segura bem forte o meu coração. Saia da luz, eu quero lhe ver. Ver seu belo rosto para eu não sofrer.

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